domingo, 8 de junho de 2014

O grande ritual do "Não gostei"




Sacrificam-se bichos para Deuses Gregos, Nórdicos, Africanos, Hindus, Babilônicos e toda natureza de mitologias que você pode imaginar. Não só isso, diversas fórmulas usam partes de animais e até de pessoas, fazem uso de animais inteiros ou alguns de seus órgãos vitais. Por que? Energia. Claro, existem rituais que pedem coisas muito complicadas (ou ilegais) de se arrumar, mas em hipótese NENHUMA se tem direito de alterar um ritual de forma drástica e dizer que aquilo tá certo.
Qual a motivação dos elementos escolhidos para certos tipos de magia? Energia, simbolismo, propriedades mágicas...enfim, há uma série de coisas que são levadas em conta para a preparação de uma fórmula mágica e para isso ser modificado, requer no MÍNIMO um estudo muito aprofundado não só sobre a fórmula, mas também sobre o ingrediente a ser modificado/manipulado.
Qual o problema? O problema hoje em dia são os "politicamente corretos", a galera que não entendeu que SE A MERDA DO RITUAL PEDIU SACRIFÍCIO, VOCÊ VAI TER QUE ARRUMAR UMA MORTE. O que se pode ser modificado nesse caso: O ritual pede um bode preto, mas porra bode é um bicho MUITO GRANDE e as vezes a pessoa não tem logística pra conseguir sacrificar um bicho desse. Como resolver isso? Troque por bichos menores, mas de mesma cor e simbolismo. Não é tão complicado, mas matar você vai ter que...
"Mas a divindade que eu cultuo só pede sangue, não a morte em si...posso dar um bife cru?"
Pode. Afinal, a energia que a entidade quer é o sangue e não a energia de desprendimento.
"Mas eu não tenho coragem de matar..."
É velho, troca de divindade. Infelizmente, se requer que você mate, tu vai ter que matar. Não tem essa de pena, aqui você tá lidando com energia. A consciência entra em outro âmbito. Se você não tem estômago ou acha errado, você não serve pra cultuar essa entidade. Relaxa, existem várias outras por aí.
"Mas...na minha fórmula tá pedindo pra eu matar uma Arara Azul"
LÓGICO que você pode trocar por outra coisa. Primeiro que Arara Azul tá em extinção e tu vai preso se matar uma, segundo que tu nunca vai arrumar uma dessa assim tranquilo e calmamente sem ter que lidar com traficante de animais...nesse caso, vale a troca.
"Tá...e no caso de plantas extremamente difíceis de achar?"
Depende do grau de dificuldade também. Valeriana é uma erva chatinha de achar, mas você acha, então nesse caso é questão de empenho. Agora, se no ritual te pedirem PAPOULA AZUL AUSTRALIANA e você descobrir que isso é uma espécie já extinta ou protegida, claro que a troca é válida. Só não vale quando o problema é dinheiro ou preguiça de procurar.
"Ok,mas na minha poção pede asa de gafanhoto e eu tenho nojo de gafanhoto"
Rs, isso não é desculpa. Tem nojo? Fecha o olho e arranca ou finge que é outra coisa ou passa pra próxima que essa poção não é pra você.
"Achei algo que, se adicionado a mistura, pode dar um up na fórmula, posso adicionar?"
É por sua conta e risco, estude bem essa adição, vê se não tem problema com  os outros ingredientes e manda ver. Experimentação também faz parte da vida do ocultista (EXPERIMENTAÇÃO CONSCIENTE). Acrescentar coisas é menos pior do que subtrair elementos da composição original.
"E quanto a inventar novas fórmulas se baseando em outras?"
Mesma coisa que foi dita acima, é por sua conta e risco.
Então povo, evitem usar a desculpa do "não gosto" ou "sou contra" pra modificar rituais ou fórmulas centenárias. Isso não é motivo pra você fazer errado, é motivo pra você ir fazer OUTRA COISA. O mundo não é cor de rosa e você não pode sair por aí mudando nome de cores só porque você acha que não combina, quem dirá em relação a magia. Nome disso é preguiça e medo, e ambos os defeitos são totalmente intoleráveis pra quem tá nesse meio. Entrou na chuva é pra se molhar.

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