quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Espíritos Animais - O reflexo da mente e da alma




Animal totem, animal guardião, animal interior e mais uma série de outras nomenclaturas associadas a entidades internas e externas das mais variadas religiões anímicas (indígenas ou não). Mas qual a diferença e...well...como fazer pra encontrá-los e se comunicar com eles?

O primeiro passo é entender a diferença básica de cada um. É...se você pensou que isso aí tudo era nome pra mesma coisa, já começou mal. Cada uma dessas categorias de animais é simbólicas e representa um aspecto da sua vida em grupo e individual. Esses animais podem caracterizar desde a sua verdadeira essência até a essência de uma família, uma tribo ou mesmo uma região.
Vamos começar pelo mais famoso: O santo animal totem. Pra começo de conversa, alguém aqui já parou pra ver o significado de Totem? Não? Então olha ele aqui: "Totem é uma palavra derivada de "odoodem" que significa "marca da família", na linguagem indígena Ojibwe dos índios da América do Norte."  Isso significa duas coisas: 1 - Animal totem não representa uma pessoa em específico e sim um conjunto de pessoas da mesma família ou da mesma tribo 2 - Sendo assim, ele nunca vai TE proteger, ele vai sempre estar ligado aos interesses DA FAMÍLIA. Se você tiver que se foder pra aprender uma lição que ajudará a coletividade a lidar m melhor com você, well, pode deixar que ele vai dar uma mãozinha...pra Lei de Murphy.
Geralmente o totem se apresenta sempre a pessoa mais velha da família, que fica na incumbência de cuidar dele e honrá-lo, juntamente aos ancestrais. No caso de uma tribo, ele aparece para o xamã ou pajé da mesma assim que a tribo se forma. Em algumas tribos do Norte dos EUA, acredita-se que o animal totem muda de acordo com o lugar em que a tribo se  estabelece.  Nesse caso, o totem passa a ser o espírito daquele lugar.
Bom, passado o mito do animal totem, vamos ao que interessa pra maioria...o horóscopo indígena. É...sejamos sinceros, todo mundo quer saber animal totem da mesma forma que quer saber o signo chinês, asteca, ""cigano"", lunar, angelical, demoníaco, floral e todas essas listinhas de internet que tentam padronizar o ser mais aleatório da Terra que somos justamente nós. Antes de mais nada, vamos deixar claro aqui umas coisas...o seu animal interior não dita como você é, ele sempre vai ditar como você se vira em situação de "FODEU GERAL". Ele pode ser um guia? É...até pode, mas não vá perguntar pra ele sobre as questões da prova de matemática porque ele provavelmente não vai saber.
Você tem que entender uma coisa, esses símbolos são fruto da observação dos próprios índios a cerca do comportamento e das habilidades dos animais. A força de auto preservação do urso, a sagacidade do macaco, a malícia da cobra, a liderança do lobo, a agressividade do puma, o poder de observação da águia, a inteligência do golfinho...todos esses atributos podem vir a se manifestar no ser humano de forma mais direta ou em momentos de pressão. É, sabe aquele teu amigo que costuma ser sujeito mais pacifista da Terra até ver um maluco 4X4 empurrando uma velhinha? Então a coisa funciona mais ou menos nesse nível, o cara tira força do cú e consegue espantar o sujeito...e logo depois volta ao normal como se nada tivesse acontecido.
Bom, de pra pescar? Basicamente, o animal interno fala mais das suas reações naturais ou certas habilidades inatas. Também pode falar um pouco sobre personalidade, mas não vai achando que essa porra é horóscopo não. Em algumas tribos, os nativos acreditam que você pode ter até 4 animais internos...mas essa é outra conversa já. Bom, a treta maior é sempre se comunicar e "comungar" com ele. Se você sacou direitinho o que eu expliquei acima, vai entender que o animal interno nada mais é do que você mesmo. Não é uma entidade externa, é pura e simplesmente a sua essência...o seu "ser primitivo e livre das amarras da sociedade e da modernidade".
Isso pareceu legal, né? Mas não é. Isso é literalmente você agir que nem BICHO. Comungar com o animal interior não é você se deixar ser dominado por um bicho sem controle que vai sair por aí fazendo o que der na telha e foda-se vida. É você justamente saber controlá-lo e deixá-lo sair em momento de necessidade, além de, obviamente, conhecer melhor a si mesmo, seus limites e capacidades. Sabe-se sobre alguns cultos, geralmente de tribos guerreiras, onde a iniciação do jovem guerreiro é justamente sua união plena com o animal interior. Em tese, isso ocorre da seguinte maneira: O xamã faz o jovem a ser iniciado entrar num estado de transe profundo, deixando o animal interior livre. O teste é justamente esse iniciado conseguir voltar ao controle de seu próprio corpo.
Quem achou moleza já ia se foder de novo, diz-se que uma boa parte dos jovens morria nessa brincadeira ou ficavam malucos (daí o porquê das índias costumarem ter tantos filhos). O teste para a escolha e iniciação do novo xamã também se parecia muito com isso. Os Cheyenne acreditavam que, quando alcançasse a idade "sábia" o xamã deveria ter um filho de cada mulher parideira da tribo. Essas crianças ao nascerem teriam uma criação diferente das demais e, na idade propícia, seriam induzidas a um teste para não só controlar o animal interior, mas para serem analisados pelos ancestrais e pelo(s) totem(ns) da tribo. Alguns dizem que quase todas as crianças morriam, sobrando apenas aquele que deveria ser o xamã e a alma de seus irmãos passavam a ser algo equivalente a "conselheiros espirituais".
"Ué, mas e o animal que ajuda a gente?"
Calma cara pálida. O guardião pessoal ou animal guardião não é algo que exista em toda e qualquer tribo. Algumas tribos indígenas crêem que o animal guardião é na verdade a "forma primitiva" de um ancestral seu. Pra simplificar a coisa, antes era o corpo de carne que mandava no animal interior, agora, o animal interior abrigava o espírito humano e por isso aparecia dessa forma pra pessoa. Como encontrá-lo? Bom, ele é um ancestral seu...ele te encontra. Em geral, os índios costumam honrar seus ancestrais com cerimônias, oferendas e estátuas totêmicas construídas em homenagem a eles. Dessa forma, os ancestrais criam um maior vínculo e passam a proteger e guiar mais facilmente os membros de sua família. A propósito, SIM, o guardião SEMPRE VAI SER alguém da sua família. 


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