Nego abusa do direito de fazer a isca ficar mais atraente, hein? |
Na minha época de colégio era
super normal ver aquele círculo enorme de adolescentes viciados em filmes de
terror e livros da Anne Rice escondidos pelos cantos da escola na hora do
recreio ou na hora da saída, todos formando uma grande roda em torno de um
compasso e um papel grande cheio de letras e números e falando um monte de
coisas em tom bem baixo...e assim, estava aberta a temporada de uso abusivo do
serviço de telefonia astral.
Esses "brinquedos",
por terem sido uma febre no final dos anos 90, foram protagonistas de diversas
manchetes de jornais e tablóides pelo mundo inteiro. Era água do copo que
fervia e voava na cara dos outros, compasso que saia voando e furando olho do
pessoal, capeta que possuía a molecada toda e não deixava nego parar de
jogar...até que enfim a brincadeira esfriou e hoje em dia não é mais tão comum.
"Mas afinal, como
funcionam esses joguinhos e como diabos essas coisas aconteciam?"
Eu acho que já expliquei o
funcionamento desse tipo de coisa, mas não custa nada repetir: Basicamente,
essas coisas são métodos oraculares em que você usa ajuda de terceiros pra
responder as suas perguntas. Ah é, componente básico que não pode faltar: Um
médium no grupo, caso contrário, não funciona. Claro, na mão da criançada, você pode entender isso como um
celular onde você disca um número aleatório e espera quem vai atender. Se vai
ser o governador do estado, o tio da padaria ou o dono da boca que vai atender,
aí você não faz idéia...o que geralmente é o grande problema.
Bom, basicamente, qualquer
coisa que esteja passando por ali pode se manifestar. Tem também a
possibilidade de ninguém se manifestar e o coletivo de adolescentes cheios de
hormônios e curiosidade acabarem criando um servo astral sem querer, o que é
raro, mas também acontece. De uma forma geral, uma coisa ou outra NUNCA é
segura.
Primeiro, o espírito que tá se
manifestando ali não é lá um cara muito ocupado...o que significa que tem um
BOOOOOOOOOM tempo pra poder sacanear a galera da forma que ele bem entender:
assustando com mensagens bizarras, mandando nego fazer coisas tensas e, o
clássico, não deixando a galera encerrar o jogo.
Os casos de poltergaist e cia.
são, em sua maioria, invenções da mídia, o que não torna impossível a
ocorrência de um ou outro em menor escala. Por exemplo, não é tão difícil
fazer o compasso "escorregar"
em cima de alguém...claro, há limites. A mesa não vai tremer, as portas não vão
abrir e fechar e banimentos são eficazes.
"É possível contatar
entidades grandes dessa forma?"
Em teoria, é possível sim,
todavia você tem que ter em mente que, dependendo da entidade, além disso soar
como um puta desrespeito, ela tem uma dificuldade grande pra atuar tão
diretamente no nosso plano. Lembrando: Quanto maior a dificuldade da entidade
de se comunicar contigo, mais ela vai ter que fazer esforço e, principalmente
nesse caso, ela não vai usar a energia dela e sim a sua, por questões meio
óbvias.
Além disso, não é lá uma
parada muito segura tu misturar tanto a sua energia com a energia de uma
entidade tão diferente da frequência daqui. Isso pode gerar uma série de
complicações, além do esgotamento que tu vai arrumar (que, em geral, acaba fodendo
a tua vida na hora de banir o sujeito). Além do que, as proteções acabam não
funcionando tão bem como deveriam. Mas...olhe pelo lado positivo, uma entidade
grande responder por esses métodos é extremamente difícil, então, geralmente ou
não dá em nada ou é só uma entidade menor se passando por alguma coisa.
Em todo caso, brincar com
espíritos nunca é um negócio saudável. Então, numa boa? Se tá com curiosidade,
toma um banho de água fria ou vai ver Xvideos...é melhor que se arriscar numa
roleta russa astral e acabar entrando numa merda gigante por pura falta de
sorte.
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Por que será que lembrei do chatroullete ao ler isso?
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