Do latim sacrificium ou sacrum
facere (tornar sagrado). Também designa a idéia de sacro ofício, ou, trabalho
sagrado. O sacrifício, nos termos religiosos, está associado ao trabalho de
"alimentar" divindades ou entidades
com algo que nos seja "precioso" ou "sagrado". Os
sacrifícios são promovidos desde as era mais antigas afim de apaziguar
espíritos revoltados e a fúria dos Deuses.
O tipo de sacrifício mais
exigido entre os sacerdotes antigos, eram os sacrifícios de sangue, que são
pedidos até hoje em certas religiões. Esses sacrifícios variavam desde de
animais até pessoas. Os Astecas são o povo que mais fizeram o segundo tipo,
todos os dias um homem (ou mais) era(m) morto(s) para garantir que o Deus Sol
os presenteasse com a luz do dia. Não havia nada mais precioso para esses
índios que a vida de seu povo, sendo assim, o sacrifício era sentido por toda a
tribo, ainda que fosse visto como uma honra para a oferenda.
Na Índia temos uma variação interessante, a tão sagrada Vaca também era imolada, em uma
extinta linha do hinduísmo, como prova de lealdade aos Deuses. Por ser uma criatura
tão amada pelos hindus, seu sacrifício é igualmente sentido pelos praticantes,
que trajam branco e passam as cinzas do animal em seus corpos.
Na Escandinávia, os Vikings
costumavam sacrificar o rei ou comandante das Terras invadidas, caso tivesse
lhes dado uma batalha considerada honrada, justa e a altura dos guerreiros
nórdicos, para que ele pudesse ser levado à Valhalla pelas Valkírias (isso se
conseguisse passar pelos tormentos do ritual, que consistiam em ter seu peito
aberto e suas costelas arrancadas, sem implorar por sua vida). Nesse caso temos
a questão do "tornar sagrado", onde à um valoroso inimigo seria dada
a chance de ir ao paraíso desse povo, ainda que não fosse um deles.
Na Antiga Gália,
sacrificavam-se homens (voluntários ou grande inimigos de guerra) para
homenagear os Deuses e pedir-lhe para que lhes garantisse fertilidade tanto
para a colheita quanto para suas mulheres. O cortejo era feito por mulheres e
crianças adornadas com flores. Dizia-se que o homem a ser sacrificado tinha
direito a uma preparação especial, que consistia (além de rituais de
purificação) em receber todas as "regalias" que o mundo poderia lhe
oferecer.
Ao redor do mundo, temos
diversos exemplos tanto na antiguidade quanto nos dias atuais. O sacrifício
humano ritualístico já é proibido desde a Idade Média pela Igreja e a proibição se manteve até hoje (ainda que existam seitas
que o façam ilegalmente) e os sacrifícios de animais estão indo pelo mesmo
caminho, nos dias de hoje, graças aos apelos das Organizações de Proteção aos
Animais. O que as pessoas simplesmente não entendem é o sentido por trás dessa
prática. A energia do desprendimento também é uma forma de energia usada pelos
Deuses (em especial por Deuses ligados à morte, gostem disso ou não). Em outras
linhas mais primitivas, a energia da dor na hora da morte também é necessária.
Não é questão mais de crueldade ou de simples capricho, é um tipo de energia
que aqueles Deuses trabalham e quem somos nós, meros mortais, para querer
discutir com essas entidades?
Alguns rituais de iniciação ou
sacerdócio exigem que a pessoa seja impregnada pela energia da deidade cultuada
pelo grupo. Dessa forma, existem seitas e religiões onde você mata o animal em
cima do corpo da pessoa afim de impregnar-lhe o corpo com a vibração próxima ao
da entidade. Consagração de objetos e
instrumentos mágicos também podem passar por esse mesmo processo, dependendo da
função.
Achar errado? Tudo bem, mas
jamais criticar quem não acha. Se não concorda não faça, mas ninguém nesse
mundo tem o direito de interferir na fé alheia, não importa qual seja ela e nem
quais preceitos siga. Da mesma forma que merecemos respeito, elas também merecem
e tem, por lei, direito a.
Infelizmente, não é bem isso
que vemos. Sendo bem específica, os cultos afro-latinos em geral são os mais
perseguido por essa questão. Desde o Brasil até o Haiti, terreiros, hounforts e
outras casas religiosas são atacadas e fechadas por grupos ambientalistas
radicais ou por fanáticos religiosos que não concordam com suas práticas. Os mesmos que pedem tolerância, não param para enxergar suas próprias intolerâncias e preconceitos e assim, o assunto acaba se tornando um tabu a ser evitado.
Lamentavelmente...
Ótima postagem.
ResponderExcluirNunca entendi direito o porquê disso ser tão polêmico, mesmo que esse tipo de conversa sempre acabe caindo na minha cabeça rs
Mesmo assim, gostei da postagem: embora seja resumida, é informativa e imparcial.
Parabéns :)
mas isso é um assunto delicado tb, por exemplo, o sacrifico humano é algo q sempre serei contra e criticarei sim quem pratica. Mas minha pergunta é quando alguém sacrifica um ser humano essa pessoa ou pessoas q praticam do ritual estarão sujeitas a lei do karma nessa situação?
ResponderExcluirSacrifício humano é crime, mas se não fosse, a lei de Karma simplesmente não se aplica, afinal o sujeito sacrificado em geral sempre é voluntário (vide os rituais Maias e etc.).
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