Não precisa tomar susto com o
nome difícil, apesar do texto ser um pouquinho mais complicado, eu vou tentar
dar uma facilitada. O que vamos tratar aqui é um fenômeno que acontece em
muitas ordens que se utilizam de várias entidades de diferentes crenças e
regiões, porém com arquétipos equivalentes. A coisa vai bem além do simbolismo
habitual, entrando também no campo energético e vibracional.
Vou usar o exemplo mais
clássico: Wicca. Com certeza você já deve ter cruzado com certos covens que
encaram a Deusa Tríplice com uma representação de algo que pra eles é o que
deve ser cultuado. A última vez que eu vi isso, a galera do coven cultuava
diversas entidades relacionadas a magia e a clarividência. Isso é errado? Não
exatamente. Aqui você não tá tratando de um culto comum a uma deidade e sim o
culto da energia que aquela entidade representa.
Apesar de representarem uma
mesma linha energética, algumas entidades possuíam freqüências completamente
diferentes das outras. No caso, elas trabalhavam com pessoal ligado a vidência,
mas a própria questão da vidência tem
diversos ramos. Você pode literalmente ver através do véu ou simplesmente ser
boa em scrying e outros tipos de divinação. Muita gente questiona esse tipo de
trabalho a partir do momento que percebe que as entidades são tratadas como se
fossem uma coisa só e realmente o erro é esse. Por mais que apresentem a mesma
linha de trabalho, NÃO SÃO A MESMA COISA, por isso devem ter tratamento
particular.
Vamos usar aqui um exemplo bem
grotesco só pra ilustrar (PELO AMOR DO QUE VOCÊS ACREDITAREM, NÃO FAÇAM ESSE TIPO DE
MALUQUICE, ISSO É SÓ ILUSTRATIVO). Quando pensamos em Fadas, uma
das coisas que logo vem a cabeça é Ilusão, distorção de realidade, mudança e
movimento. Você tem essas três características nesse conjunto de seres e pode
usar todas elas ou apenas algumas, desde que você continue trabalhando o culto
delas pensando no TODO e não só no que você tá usando. Até aqui tudo bem, mas
por algum encargo do destino você decide que quer trabalhar com um daemon
também (LEMBRANDO
QUE ISSO É SÓ UM EXEMPLO). Pesquisando um pouco você se depara
com Belial, descrito como daemon associado a...distorção de realidade, ilusão,
mudança e até certo ponto, movimento. É associado a outras coisas? Assim como
as fadas, é, mas não quer trabalhar com
o resto, só com essas características.
Num primeiro momento isso soa
MUITO esquisito, fada e daemon, mas são coisas diferentes...diferentes se você
for perceber pelo todo, você não quer trabalhar com o todo, só com os aspectos
que POR ACASO tem relação com o daemon que tu escolheu. Eles tem cultos,
oferendas, formas de evocação completamente diferentes e que devem ser
respeitadas. Porém, se você for olhar pela faceta que você quer deles, na
verdade é a mesma energia vibrando em duas freqüências diferentes, mais ou
menos como no esquema abaixo:
Mesma energia, vibrações diferentes. |
Da mesma forma que existem
energias iguais que vibram de formas diferentes, existem energias totalmente
opostas que vibram de uma mesma maneira (OUTRO EXEMPLO APENAS PARA ILUSTRAR). Briga
clássica (e muito tosca) dos tempos de orkut:
Num suposto duelo pokemon de magista, quem ganha? Quem mexe com
anjos ou quem mexe com demônios? A resposta é: Nenhum dos dois. Anjos e demônios da visão cristã são dois
paralelos energéticos de mesma vibração.
"Pera, como assim eles
são de mesma vibração?"
Vamos usar o maniqueísmo
horroroso de sempre pra explicar isso: Bem e Mal são duas faces de uma mesma
moeda. Duas energias distintas, mas que no fim, são a mesma coisa. Teoricamente
o anjo é uma força defensora e o demônio seria uma força ofensiva (ISSO NÃO CONDIZ
COM A REALIDADE, É SÓ EXEMPLO), é como se você colocasse um pokemon
elemental de água pra brigar com um de fogo (????), a energia simplesmente se
anula. Não entendeu bem? Vamos ao esqueminha:
Até as cores aqui foram
escolhidas a dedo. Quando eu fiz esse gráfico, eu primeiro criei a linha
vermelha e depois a linha azul, mas sem tirar a setinha do lugar, eu só mexi na
matiz da cor, ou seja, ainda que sejam cores diferentes, elas possuem a mesma
quantidade de luminosidade e saturação. Com a energia funciona da mesma forma,
você tem uma matiz (cor) que pode ser equiparada a outra matiz oposto em
relação a um ou mais fatores. Para se ter um balanço perfeito entre energias
distintas, elas devem estar vibrando exatamente na mesma freqüência. Claro,
assim como nas cores, tem certas energias que não chegam em determinadas
vibrações por variados motivos, ou seja, não adianta tentar transformar Lilith
em Deusa Mãe, NÃO ROLA. Lembrando sempre, assim como no primeiro caso, OS
CULTOS DEVEM PERMANECER IGUAIS AINDA QUE VOCÊ SÓ USE UM ASPECTO DAQUELA
ENTIDADE.
Só pra deixar mais claro,
acima está o diagrama de Munsell, que representa as cores, a luminosidade e a
saturação. Perceba que existem cores que conseguem ficar mais
"vibrantes" do que outras, da mesma forma funciona com a energia que
consegue chegar a certos patamares de vibração limitados a sua natureza.
Se analisarmos os sistemas de
evocação e os cultos á certas entidades, chegamos a conclusão de que o próprio
homem é o único ser capaz de mudar de freqüência drasticamente se já tiver
ciência do nível que quer/precisa chegar. Mesmo projeção astral sendo de fato
algo difícil para a maior parte dos ocultistas, é uma técnica que poucas
entidades usam devida sua dificuldade em alterar sua própria energia. O ser
humano possuí também uma capacidade interessante de simular energias de outras
naturezas a partir da junção de uma ou mais sensações que já tenha tido.
O estudo de afinidade
energética se dá exatamente nessa linha. Por mais que possamos emular qualquer
tipo de freqüência e até mesmo de energias de variadas naturezas, a nossa
própria energia vai sempre continuar a mesma, e é justamente essa energia que
cria as dificuldades particulares de cada um com relação ao trabalho com certas
entidades e rituais. Num geral, essa dificuldade pode ser superada, mas sempre
estará presente, fazendo com que o magista tenha o dobro de problemas para
lidar com certas coisas que outro magista faria facilmente.
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