segunda-feira, 5 de maio de 2014

Teoria de Congruência Energética



Não precisa tomar susto com o nome difícil, apesar do texto ser um pouquinho mais complicado, eu vou tentar dar uma facilitada. O que vamos tratar aqui é um fenômeno que acontece em muitas ordens que se utilizam de várias entidades de diferentes crenças e regiões, porém com arquétipos equivalentes. A coisa vai bem além do simbolismo habitual, entrando também no campo energético e vibracional.

Vou usar o exemplo mais clássico: Wicca. Com certeza você já deve ter cruzado com certos covens que encaram a Deusa Tríplice com uma representação de algo que pra eles é o que deve ser cultuado. A última vez que eu vi isso, a galera do coven cultuava diversas entidades relacionadas a magia e a clarividência. Isso é errado? Não exatamente. Aqui você não tá tratando de um culto comum a uma deidade e sim o culto da energia que aquela entidade representa.
Apesar de representarem uma mesma linha energética, algumas entidades possuíam freqüências completamente diferentes das outras. No caso, elas trabalhavam com pessoal ligado a vidência, mas a própria  questão da vidência tem diversos ramos. Você pode literalmente ver através do véu ou simplesmente ser boa em scrying e outros tipos de divinação. Muita gente questiona esse tipo de trabalho a partir do momento que percebe que as entidades são tratadas como se fossem uma coisa só e realmente o erro é esse. Por mais que apresentem a mesma linha de trabalho, NÃO SÃO A MESMA COISA, por isso devem ter tratamento particular.
Vamos usar aqui um exemplo bem grotesco só pra ilustrar (PELO AMOR DO QUE VOCÊS ACREDITAREM, NÃO FAÇAM ESSE TIPO DE MALUQUICE, ISSO É SÓ ILUSTRATIVO). Quando pensamos em Fadas, uma das coisas que logo vem a cabeça é Ilusão, distorção de realidade, mudança e movimento. Você tem essas três características nesse conjunto de seres e pode usar todas elas ou apenas algumas, desde que você continue trabalhando o culto delas pensando no TODO e não só no que você tá usando. Até aqui tudo bem, mas por algum encargo do destino você decide que quer trabalhar com um daemon também (LEMBRANDO QUE ISSO É SÓ UM EXEMPLO). Pesquisando um pouco você se depara com Belial, descrito como daemon associado a...distorção de realidade, ilusão, mudança e até certo ponto, movimento. É associado a outras coisas? Assim como as fadas, é, mas não quer trabalhar com  o resto, só com essas características.
Num primeiro momento isso soa MUITO esquisito, fada e daemon, mas são coisas diferentes...diferentes se você for perceber pelo todo, você não quer trabalhar com o todo, só com os aspectos que POR ACASO tem relação com o daemon que tu escolheu. Eles tem cultos, oferendas, formas de evocação completamente diferentes e que devem ser respeitadas. Porém, se você for olhar pela faceta que você quer deles, na verdade é a mesma energia vibrando em duas freqüências diferentes, mais ou menos como no esquema abaixo:

Mesma energia, vibrações diferentes.


Da mesma forma que existem energias iguais que vibram de formas diferentes, existem energias totalmente opostas que vibram de uma mesma maneira (OUTRO EXEMPLO APENAS PARA ILUSTRAR). Briga clássica (e muito tosca) dos tempos de orkut:  Num suposto duelo pokemon de magista, quem ganha? Quem mexe com anjos ou quem mexe com demônios? A resposta é: Nenhum dos dois.  Anjos e demônios da visão cristã são dois paralelos energéticos de mesma vibração.
"Pera, como assim eles são de mesma vibração?"
Vamos usar o maniqueísmo horroroso de sempre pra explicar isso: Bem e Mal são duas faces de uma mesma moeda. Duas energias distintas, mas que no fim, são a mesma coisa. Teoricamente o anjo é uma força defensora e o demônio seria uma força ofensiva (ISSO NÃO CONDIZ COM A REALIDADE, É SÓ EXEMPLO), é como se você colocasse um pokemon elemental de água pra brigar com um de fogo (????), a energia simplesmente se anula. Não entendeu bem? Vamos ao esqueminha:



Até as cores aqui foram escolhidas a dedo. Quando eu fiz esse gráfico, eu primeiro criei a linha vermelha e depois a linha azul, mas sem tirar a setinha do lugar, eu só mexi na matiz da cor, ou seja, ainda que sejam cores diferentes, elas possuem a mesma quantidade de luminosidade e saturação. Com a energia funciona da mesma forma, você tem uma matiz (cor) que pode ser equiparada a outra matiz oposto em relação a um ou mais fatores. Para se ter um balanço perfeito entre energias distintas, elas devem estar vibrando exatamente na mesma freqüência. Claro, assim como nas cores, tem certas energias que não chegam em determinadas vibrações por variados motivos, ou seja, não adianta tentar transformar Lilith em Deusa Mãe, NÃO ROLA. Lembrando sempre, assim como no primeiro caso, OS CULTOS DEVEM PERMANECER IGUAIS AINDA QUE VOCÊ SÓ USE UM ASPECTO DAQUELA ENTIDADE. 
 


Só pra deixar mais claro, acima está o diagrama de Munsell, que representa as cores, a luminosidade e a saturação. Perceba que existem cores que conseguem ficar mais "vibrantes" do que outras, da mesma forma funciona com a energia que consegue chegar a certos patamares de vibração limitados a sua natureza.
Se analisarmos os sistemas de evocação e os cultos á certas entidades, chegamos a conclusão de que o próprio homem é o único ser capaz de mudar de freqüência drasticamente se já tiver ciência do nível que quer/precisa chegar. Mesmo projeção astral sendo de fato algo difícil para a maior parte dos ocultistas, é uma técnica que poucas entidades usam devida sua dificuldade em alterar sua própria energia. O ser humano possuí também uma capacidade interessante de simular energias de outras naturezas a partir da junção de uma ou mais sensações que já tenha tido.
O estudo de afinidade energética se dá exatamente nessa linha. Por mais que possamos emular qualquer tipo de freqüência e até mesmo de energias de variadas naturezas, a nossa própria energia vai sempre continuar a mesma, e é justamente essa energia que cria as dificuldades particulares de cada um com relação ao trabalho com certas entidades e rituais. Num geral, essa dificuldade pode ser superada, mas sempre estará presente, fazendo com que o magista tenha o dobro de problemas para lidar com certas coisas que outro magista faria facilmente.
 

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