Esses dias
eu tava de molho em casa e parei pra ouvir uns artistas que eu não ouvia a
tempos. Como todo mundo sabe, o youtube é mestre em indicar coisas absolutamente
nada a ver com porra nenhuma e no meio de um dos vídeos
"relacionados" (adoraria saber a relação entre Lindsay Stirling e
Sertanejo) havia um clipe qualquer que me chamou atenção. Não é o tipo de
gênero musical que eu curto, a música inclusive era zoeira, mas eu fiquei pensativa
sobre uma coisa: Se cada nota musical possui uma vibração, logo, possuem tipos
de energia diferentes...e se esse coquetel de energia for na verdade aquilo que
de fato te faz gostar ou não de uma música?
Mais
experiência pessoal. Uma vez fui convidada pra uma festa de quinze anos de uma
guria irmã duma amiga minha. A festinha tava tocando aquelas musiquinhas pop
bem batidas e o clima da festa, apesar de estar chato pra mim, tava tolerável.
Depois da valsa, a música mudou e começou primeiro a tocar uma batida de funk
sem ninguém cantando. Antes de vir a primeira música "romântica" do
Mr. Catra, o clima da festa (que antes estava tolerável) se tornou simplesmente
INSUPORTÁVEL, era papo de eu querer sair dali correndo (DETALHE: NÃO HAVIA
VOCAL AINDA NA MÚSICA).
Beleza,
quando entrou a primeira música com vocal o clima ficou uma merda de vez (PRA
MIM) e eu já tava agoniada pra sair da festa. Fiquei esperando o táxi tempo o
suficiente pra música acabar e mudar pra outra. Me chamem de doida, mas foi
realmente engraçado como é que o insuportável passou a "quero ficar pra
escutar mais essa" quando começou a tocar "Beijinho do Ombro". A
letra é besta até dizer chega, a Valeska não canta bem (eu não gosto, nada
contra quem curte), mas cara...a música conseguiu me prender e fazer o clima ficar mais
agradável.
Hoje
ocorreu o mesmo fato com a música lá do sertanejo zoeira. A música é engraçada
demais, mas não dá pra eu dizer que não gostei do ritmo. Qualquer letra naquele
ritmo, por mais horrível que fosse, ficaria agradável mesmo eu não gostando de
sertanejo. A salada de notas que compõem certas harmonias as vezes acabam nos
fazendo gostar de coisas totalmente fora dos gostos musicais, creio eu que por
conta da energia que aquilo te passa.
Antes de
escrever esse texto eu acabei fazendo meia dúzia de teste pra ver se de fato a
tese batia...e cara, o resultado é muito maneiro. De Forró a Black Metal,
música séria a música zoada, sempre vai ter uma ou outra de todos os gêneros
que vai soar incrivelmente agradável aos seus ouvidos, ainda que letra seja um
lixo ou que o vocal seja ruim. A energia que aquilo produz consegue falar mais
alto do que qualquer outro elemento dentro daquela composição e adivinha? Isso
é involuntário.
Você pode
ser o tr00 metaleiro maligno 666 filho do capiroto nervoso com a diaba sem
rabo, uma hora tu vai se deparar, só de zoas, com uma banda de música GOSPEL e
aquela maldita melodia vai te dar uma seduzida marota. Tu pode xingar, queimar
igreja, bater em pastor...lá no fundo, bem lá dentro da sua cabecinha cheia das
satanagens, aquela música vai estar tocando e seu subconsciente vai estar
dizendo "porra, essa música até que é maneira, hein!". É cara, é a
triste realidade, o mundo da música tem dessas coisas.
Não
confundir uma harmonia que te seduz com música que você GOSTA e nem com música
CHICLETE. Não são a mesma coisa. Esse tipo de fenômeno é horrível (pelo menos
pra mim) porque geralmente você só fica com o diabo do instrumental memorizado
e esquece nome da música, artista, letra, a porra toda... isso porque você não
lembra da música em si, mas da energia que aquilo te passou. Isso também
explica quando aquela música que você julgava ser perfeita, se torna a coisa
mais irritante da história quando tocada em parceria com outra pessoa que mete
algum instrumento ou "nota alienígena" na música ou quando tu ouve um
cover...
Que seja
viagem minha...acho que é uma viagem a se pensar. Boa noite povo.
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