sábado, 7 de março de 2015

Mulher em Pauta - O que é o Sagrado Feminino?




Bla bla bla, dia da mulher e minha consciência disse que eu tinha que fazer esse texto e deixar de ser chata e evitar falar disso. Enfim... A verdade é que o universo do feminino é tão amplo e tão profundo que certas coisas acabam se tornando meio confusas e nebulosas até pra gente, que é mulher. Esse texto de forma algum tem a pretensão de dar todas as respostas sobre essa condição de ser mulher e menos ainda exaltar isso. É mais uma reflexão de alguém que tá tentando entender aos poucos um pouco mais de seu próprio universo.
Por onde começar... Bom, nascemos mulheres, esse é basicamente o primeiro ponto. É engraçado que mesmo quando nossa condição biológica nos difere bem pouco dos garotos, nós conseguimos ser extremamente diferentes. Não pela questão do cabelo ser maior, dos vestidos ou das barbies (até mesmo porque, nem toda garota gostava dessas coisas quando era menor), mas a forma de sentir e ver o mundo é diferente... Tão inocente quanto a dos garotos da mesma idade, mas ainda sim é uma inocência diferente.
É engraçado, mas parece que o mundo da menina - mesmo que ela seja tipo eu, que curtia brincar de robô e carrinho - é mais... Mágico. Não, não é que o menino seja menos sensível, ele só tem outro tipo de ênfases, digamos assim. Eu via meus primos e primas brincando quando eram pequenos e era engraçado notar isso: Enquanto os meninos queriam derrotar logo o diabo do vilão, as meninas tentavam negociar pra ver se o sujeito se rendia sem ter que lutar. Não, não é que as meninas não tenham espírito guerreiro, elas talvez só consigam ver as coisas de outro ângulo, ao invés de serem sempre pragmáticas em certas questões (afinal, isso é uma brincadeira, ninguém vai morrer de verdade mesmo...).
Saindo da infância...primeira menstruação e a boa e velha dor de cabeça de ter usar absorvente. Dizem por aí que existem tribos indígenas onde as mulheres se reuniam nesse período numa tenda e ficavam lá...menstruando. Essa relação natural delas com o período menstrual costuma ser o principal responsável pela  falta de cólicas, ausência de TPM e complicações do útero. Aceitar que isso não é nenhuma vergonha e nem "sujo" muda o jeito como seu próprio corpo se comporta diante da menstruação.
Sabe-se que o sangue menstrual é um dos elementos mágicos mais poderosos que nós temos (os homens tem o sêmem, a gente tem menstruação... Pelo amor da luz elétrica, um não é mais forte que o outro, eles são só diferentes. Deixem de ser retardados!), então porque não ver essa época como algo mágico ao invés de já ficar esperando TPM e essas coisas? Trate como um momento de purificação e meditação... Faz um bem que você não tem ideia.
Maternidade é outra das coisas que fazem parte desse universo sagrado. A capacidade de gerar um ser dentro de si é só nossa, assim como tudo o que isso acarreta. Não é só o corpo que muda, é o psicológico e também o espiritual. Eu sei que nem toda mulher pode ser mãe e nem toda mulher QUER ser mãe... Adivinha? Isso também é parte do universo, do sagrado feminino. Nossa sexualidade, a maternidade, a menstruação, a intuição, a ligação com o filho... TUDO é parte desse universo bizarro do "ser mulher". 

"E a mulher que se torna homem?"  
                                                      
Por mais esquisito que soe, até a homossexualidade, em ambos os gêneros, faz parte do Sagrado Feminino tanto quanto do Masculino. A mulher pode ser a Tammy, velho, ela consegue ser diferente do homem hétero e do homem homossexual. A forma de encarar todas as etapas desse processo É diferente e também faz parte do nosso universo. Lembra daquela parte das coisas que são nebulosas até pra gente que nasceu guria? Então... Essa é uma delas. (Quem enxergar preconceito ou qualquer outra coisa do gênero aqui, sinta-se devidamente mandado à merda)
Resumo da ópera: Ser mulher é tudo. É ser garota, é ser mulher, é ser ou não ser mãe, é amar ou não um homem, é amar ou não uma mulher, é lidar ou não com a velhice e como lidar com ela, é menstruar, é ser ou não vaidosa, é se masturbar ou não, é lutar e se doar por suas próprias causas (SEJAM ELAS QUAIS FOREM... Ou seja, você pode querer ser uma executiva foda ou ser dona de casa, isso te faz mulher do mesmo jeito) e o principal: se amar e entender que você também é parte do universo místico e oculto que tanto se estuda.

Comentários sobre: "Mimimi construção de gênero da sociedade", "mimimi homens e mulheres são totalmente iguais perante [insira o tipo de crença aqui]", "mimimi mulher trans é mulher sim e faz parte do sagrado feminino"... Não vão ser aceitos por mais bem escritos que estejam. Eu não costumo censurar comentário, mas velho... Interpretação de texto é fundamental. 

 

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Um comentário:

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